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domingo, 13 de novembro de 2011

A Família e a Igreja

                                                                    
                                                          A Família e a Igreja

Os dias em que vivemos são claramente de ataque aos valores tradicionais da família, ao abrigo de alguns pressupostos no mínimo questionáveis do pensamento mais hedonista do que modernista e que requerem dos cristãos uma tomada de posição não tanto em manifestações públicas, mas a partir dos nossos lares, construindo e demonstrando na vivência familiar que os valores mais elevados em que se pode viver, são os imutáveis valores da família, e sobretudo, na família cristã.
A família não é uma instituição judaica ou cristã, como vida do casal, e no seu relacionamento com os filhos, muitos hoje procuram fazer crer. A família já existia muito antes do judaísmo e do cristianismo existirem, e as es-

truturas familiares, com mais ou menos alterações, são quase transversais a todas as sociedades o que acaba sendo também um argumento a um Legislador comum para todas as famílias.


A família tem sido a instituição que mais desgaste tem sofrido na sociedade.

 

                                       A FAMÍLIA É A BASE DO LAR.

 


A família é a célula básica da sociedade humana, instituída por Deus, mediante o casamento. A família é a base do lar, e o lar é muito mais que uma casa. É a dimensão física que traduz o propósito de Deus ao instituir o casamento através dos nossos primeiros pais, Adão e Eva: "Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea" (Gênesis 2.18). Portanto, jamais foi desejo de Deus que o homem tivesse uma vida solitária, daí a idéia de fazer-lhe uma companheira, que lhe fosse solidária, e tivessem uma vida em comum e respeito mútuo. O lar é a expressão maior da unidade familiar, onde estas qualidades são demonstradas na vida do casal, e no seu relacionamento com os filhos.
O que sair destes princípios, não pode ser chamado "lar", pois não passa de um ajuntamento de pessoas vivendo sob o mesmo teto.

 
                                                        O LAR É A BASE DA SOCIEDADE.

 
As famílias regularmente constituídas formam estruturas sociais (lares). Por sua vez as estruturas sociais formam comunidades, as comunidades formam as cidades, as cidades formam estados ou províncias, os estados formam os países, e os países formam o globo. Temos, portanto, a família como a menor estrutura social, mas sendo a base de estruturas maiores. Daí, concluímos que famílias (lares) desagregadas, formarão uma sociedade também desagregada. 

Por esta razão, Satanás procura subverter os princípios que regem o lar, pois ele sabe que desta maneira pode destruir a sociedade. A sua estratégia consiste na disseminação da infidelidade conjugai, desrespeito aos pais, falta de diálogo no lar, promiscuidade sexual, amor livre' entre os jovens e outros valores que ferem o "modelo" do Legislador.
 

                                 O LAR COMO A EXTENSÃO DA IGREJA

 
A palavra "ekklesia" do grego, traduzida para "Igreja" (significa em linguagem simples "uma reunião de pessoas chamadas para fora". Isto é, um grupo de pessoas que saíram, romperam com o padrão seculariza-do da sociedade, para juntos seguirem a Cristo.


A palavra igreja aplica-se entre outros significados aos cristãos que se reúnem num determinado lugar, em compromisso com essa comunidade, formando uma Igreja Local. Podemos observar na Igreja local, que ela é constituída de indivíduos que pertencem a famílias distintas, que juntas adoram a Deus em espírito e em verdade. Portanto podemos considerar que o lar é uma extensão da Igreja, motivo pelo qual não podemos ter um "comportamento de crente" no templo, onde a Igreja se reúne, e um "comportamento de incrédulo" no lar. O bom testemunho cristão deve começar a ser vivido no lar.

Sem duvida que a prática da família ir junta à Casa de Oração é uma forma excelente de educação de todos e particularmente, dos pais poderem passar para os filhos exemplos que os acompanharão ao longo da vida. Práticas como esclarecer ofensas, são importantes porque esta é uma área em que muitas famílias fracassam e acaba por gerar conflitos que poderiam facilmente serem evitados. O exemplo que os pais devem passar aos filhos acerca do reconhecimento do erro e da capacidade de pedir perdão e perdoar é de extrema importância.

Ensinar que quando as coisas não correm tão bem, não significa que é o fim, mas sim a oportunidade de recomeçar e assumir de novo o compromisso, recomeçar de novo. Aprender juntos que temos a cooperação total de Deus, e que precisamos cooperar completamente com Ele.

Jesus, é em tudo o nosso exemplo: "Porque para isto fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vos, deixando-vos exemplo para que sigais as suas pisadas. Ele não cometeu pecado nem na sua boca se achou engano; sendo injuriado, não injuria^ va, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se aquele que julga justamente." (1 Pedro 2:21-23)

N'Ele - em Jesus - aprendemos que em cada situação é uma oportunidade para comunicar amor.

A igreja esta no centro do equilíbrio da vida familiar. Ela é a escola onde juntos como família nos ensinamos uns aos outros pondo em prática a piedade cristã e o exercício da prática dos princípios do reino. Não é por acaso que o salmista expressando o seu apreço pela "igreja" diz: "alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor." Josué declarou diante da multidão a sua escolha dele e a sua família servirem ao Senhor. E o autor da epístola aos Hebreus desafia-nos dizendo: "não deixando de vos congregar (igreja local) como alguns estão fazendo..."

A igreja deve ser apreciada e acarinhada, e a melhor forma de o fazer é ir em família ao Templo para, juntos, adorarem Aquele que é digno de receber a glória.


                                                                  Antônio Gonçalves

                                                     Director Executivo - CAPU
                                            [ Pastor Evangélico - Benfica (Lisboa)

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