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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PÃO DIÁRIO

“Mesmo que esteja muito ocupado, você deve sempre arranjar tempo para fazer alguém se sentir importante.”

                            Vivendo Aceleradamente







Um agente da polícia mandou-me parar quando conduzia a 90 km/h, numa área onde o limite era de 50. Pensei para comigo: "Como pude fazer isto?" A resposta era simples: estava a viver demasiadamente acelerado! Ia a caminho do trabalho e a minha mente estava preocupada com a viagem que ia realizar no dia seguinte para outra parte do mundo. Os meus pensamentos estavam focados nos preparativos da viagem e nas tarefas que precisavam de ser concluídas ainda nesse dia no escritório. Em consequência, deixei de prestar atenção ao modo como conduzia e às regras de trânsito. Até mesmo quando o agente da polícia me mandou parar, eu estava tão alheio ao facto de haver excedido o limite de velocidade que, com sinceridade, perguntei: “Há algum problema?”


Tem sido bastante fácil para mim acelerar pela vida fora, desatento ao que acontece à minha volta! Mais preocupante ainda, é ver como é fácil para mim levar uma vida acelerada, sem qualquer consciência das pessoas que estão à minha volta! Com demasiada frequência, a minha família, os meus amigos e os mais próximos são esquecidos e negligenciados, sacrificados em nome da minha atarefada determinação de “fazer o bem”. Jesus falou sobre isso na parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:25-37).


A ironia dessa parábola é que o desprezado samaritano, rejeitado pela sociedade, demonstrou amor pelo seu próximo, enquanto o sacerdote e o levita, ambos com profundo conhecimento das leis e mandamentos de Deus, não o fizeram. Provavelmente havia diversos factores envolvidos nos olhares superficiais que lançaram ao ferido da história, enquanto passavam. Essas distracções, porém, não eram desculpa para que tivessem deixado de prestar auxílio.


À semelhança do que aconteceu comigo, o sacerdote e o levita estavam talvez concentrados em preocupações distantes, ao invés de estarem preocupados com as necessidades concretas e prementes do momento. Enredados nos seus pensamentos e noutros assuntos, eles passaram pelo ferido sem prestar socorro e surpreendentemente alheios à sua situação angustiante.


Esse problema, no entanto, não se limita a líderes religiosos absortos. Situações idênticas são frequentemente encontradas no ambiente de trabalho, no lar e nas nossas comunidades. Um colega de trabalho pode estar a atravessar um período de dificuldades, enquanto nós, pressionados por prazos a cumprir, deixamos de lhe oferecer ao menos um ouvido solidário ou uma palavra de encorajamento. O nosso cônjuge ou filho pode estar a necessitar de atenção, enquanto nós, distraídos, os ignoramos.


Deus oferece-nos numerosas oportunidades ao longo do nosso caminho diário. Será que estamos tão entrincheirados em actividades urgentes que requerem a nossa concentração, que falhamos em as reconhecer?


Não perca as riquezas que Deus pode ter para a sua vida ao longo desta semana, mesmo as ocorrências que, à primeira vista, lhe possam parecer incómodas. Na verdade, podem revelar-se bênçãos especiais!








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