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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

UMA NOVA VISÃO EVANGELÍSTICA PARA PORTUGAL


 RELEMBRANDO O PASSADO.
Não devemos esquecer que as Assembleias de Deus tiveram a sua origem no grande “Avivamento Pentecostal”, que eclodiu no início do século passado, como resposta de Deus face à necessidade da evangelização mundial.
O avivamento Pentecostal foi a resposta de Deus para a necessidade de evangelizar o mundo.
As denominações históricas, de então, estavam minadas pela letargia espiritual e pelo conformismo que levava os líderes e as Igrejas a ignorarem a “Grande Comissão “ e a descorarem a acção evangelística em obediência à mesma.
O Movimento Pentecostal, através das Igrejas que dele resultaram, veio trazer uma nova visão e uma nova dinâmica, no panorama evangélico mundial.
A evangelização, com toda a sua dinâmica e nas suas várias vertentes, tornou-se a razão de ser e de estar da Igreja, no mundo. Ganhar os perdidos para Cristo era, agora, a grande preocupação e o trabalho primordial dos crentes pentecostais, cheios do Espírito Santo. Daí o evangelho completo ter chegado até nós, da forma como chegou e como se expandiu no nosso país, através das Assembleias de Deus.
Não nos resta qualquer dúvida que o que motivou os pioneiros, no que concerne aos esforços que fizeram e ao alto preço que pagaram, foi a sua grande visão evangelística. O apóstolo Paulo podia ousadamente exclamar: "Assim, rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.” (Act 26:19 NVI).
Todos nós, como gerações mais novas, temos a obrigação de nos lembrar que não aparecemos aqui de “pára-quedas”, mas outrossim somos fruto dessa visão celestial que dominou a vida e motivou o ministério desses valorosos servos de Deus, no passado.

REFLECTINDO NO PRESENTE
Precisamos fazer uma séria e profunda reflexão sobre a nossa condição actual, no que à evangelização diz respeito.

Quanto ao tipo das nossas reuniões.
Temo-nos voltado demasiado “para dentro”, julgo que isto é ponto assente, tanto no que diz respeito aos nossos cultos como às nossas reuniões especiais, bem como até à nossa própria liturgia.
Quanto à nossa liturgia, ela tem-se revelado muito edificativa, o que em si mesmo, não é mal nenhum, mas muitas vezes enferma por falta da vertente evangelística que não é menos importante e necessária, para comunicar a mensagem evangelística, através do canto e da música.
Se é verdade que no passado a nossa liturgia não incluía muito espaço para a adoração, também é uma realidade que no presente está faltando, como deve, a necessária componente evangelística.
Quanto à mensagem evangelística,
Parece-me que a genuína mensagem do evangelho tem estado algo arredada dos nossos púlpitos, o que poderá ter levado a duas situações negativas: os crentes não se sentirem tão motivados a convidar as pessoas para os cultos e, como resultado, um número muito baixo de conversões.
Quanto às nossas reuniões especiais, mais recentes, as mesmas têm-se pautado por um aspecto pouco evangelístico em contraste com outras reuniões que já tivemos, cujo pendor era muito mais evangelístico e por isso com muito melhores resultados no que concerne a conversões.
Quanto à nossa acção evangelística,
Julgo de alguma parte para cá, termos perdido a agressividade, como Movimento Pentecostal. Penso que estamos de acordo quanto à nossa demasiada passividade neste campo. Tal passividade e acomodação têm a ver, no meu entender, com três razões principais, a saber:
Primeiro, os crentes não estarem a dar o devido valor à sua salvação. Quando não valorizamos devidamente a nossa eterna salvação, não podemos sentir a preocupação e a compaixão pela condição dos perdidos.
Segundo, não se ouvir os crentes orarem, como deviam, intercedendo pela salvação dos perdidos. Poderá haver excepções, mas, dum modo geral, esta prática tão salutar não está a ser uma realidade na vida de oração da Igreja.
Terceiro, a notória falta do fogo pentecostal na vida dos crentes e no ministério dos Obreiros. Talvez estejamos a negligenciar o ensino e o incentivo aos crentes do baptismo no Espírito Santo e da vida cheia do Espírito, pois só o poder pentecostal pode torná-los testemunhas vivas e eficazes de Jesus. E nós, Obreiros, não será que precisamos duma nova unção do Espírito para nos dedicarmos mais à evangelização e para desafiar, motivar e treinar os crentes no mesmo sentido?

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