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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Á LUZ DO LIVRO


Introdução aos Génesis e Genesis 1:1
Prezado amigo, gostaria de lhe fazer várias sugestões que muito poderão ajudá-lo no estudo da Bíblia; Se desejar anote as ideias que vamos compartilhar. A primeira sugestão é que leia todo o livro de Génesis. Seria realmente bom que o fizesse, pois iria ajudá-lo muito na compreesnção nos nossos estudos. Antes de tudo quero dizer que vamos estudar o livro de Génesis, capítulo por capítulo. Eu considero o livro do Génesis o livro chave do Velho Testamento, assim como o Evangelho segundo São Mateus é o livro chave do Novo Testamento. Estes dois livros são a chave para a compreensão das  Escrituras.





Antes de darmos inicio às nossas considerações sobre o livro de Génesis, quero usar algum tempo para dar algumas informações sobre este livro. Quando nos debruçamos sobre o livro de Génesis devemos notar alguns pontos importantes. Antes de tudo devemos tomar consciência que este livro tem uma relação directa com toda a Bíblia. A verdade é que o livro de Genêsis estabelece alguns pontos prévios para os outros livros. Você vai encontrar muitas coisas mencionadas em Gênesis pela primeira vez.


Vai encontrar certas frases que ocorrerão com maior frequência. Por exemplo, vemos nas genealogias tantas vezes repetidos as palavras: "fulano gerou cicrano”, passo a expressão. Está escrito deste modo:"Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho e lhe chamou Sete. Depois Sete viveu cento e cinco anos e gerou a Enos e Enos gerou..." e assim por diante. Isto é muito importante, porque fala sobre famílias, e todos nós somos membros da família humana que começou no Eden.


Além das genealogias, o livro de Gênesis apresenta-nos vários personagens importantes. Daí o livro ser por vezes chamado o livro das biografias. Há figuras como Abraão, Isaque, Jacó, José, Faraó, e os filhos de Jacó, que com José são doze. E vemos ao longo do Génesis, que Deus cuida continuamente de Abraão, de Isaque, de Jacó, e de José; E esse cuidado de Deus se estende também a todos que com eles se relacionam.


Vemos nestas famílias o ciúmes, as discussões, actos e palavras que não deveriam ser ditas, mas também nos deparamos com a reconciliação e o amor. Vemos descrições interessantes sobre lugares e terras. Vemos também o grande julgamento de Deus por causa do pecado do homem. Além disto, encontramos formas bem concretas de como Deus cuida do seu povo.


Para estudarmos este livro, temos de Tomá-lo como um todo. Temos de ter uma visão geral, e só depois olhar para as partes. Como professor da Bíblia, sempre dizia aos meus alunos que há duas formas de se estudar a Bíblia. Uma é com um telescópio e a outra é com um microscópio. Primeiramente você necessita de um telescópio para ver a Bíblia num todo e é nesta visão que verificamos que o livro de Génesis está dividido em duas grandes partes. Quero chamar a sua atenção para estas duas divisões. Elas são realmente importantes.


A primeira parte é constituída pelos onze primeiros capítulos. E a segunda parte vai do capítulo doze ao cinquenta. Estas duas importantes divisões podem ser divididas de formas diferentes. A primeira parte, vai da criação a Abraão. A segunda, de Abraão a José. A primeira parte trata dos grandes assuntos da humanidade que ainda hoje continuam a merecer a atenção e o estudo do homem nos nossos dias.


Podemos dividir esta parte da seguinte forma: nos dois primeiros capítulos encontramos a criação; no 3 e 4, a razão de tanta maldade na terra; do 5º ao 9º encontramos relatada a geração de Adão até ao dilúvio, nos capítulos 10 e 11 encontramos a razão de tanta diversidade linguística. Nesta secção as grandes personagens são: Adão e Eva, Abel, Caim, Sem, e Noé e família. A partir do capitulo 12 encontramos a segunda grande divisão, onde as personagens importantes são: Abraão, o homem de fé, do capítulo 12 ao 23; Isaque, o filho amado, nos capítulos 24 a 26; Jacó,o filho escolhido e castigado, nos capítulos 27 a 36; E a grande figura de José, sofrendo e sendo destinguido, nos capítulos 37 a 50.


Mas, há outra forma de dividir o livro de Génesis que também é importante. Está relacionada com o tempo. Os primeiros 11 capítulos do livro de Génesis cobrem, no mínimo, dois mil anos. Dizemos no mínimo dois mil anos, mas poderíamos dizer, mais de dois mil anos. Aí pode dar o tempo que desejar. Creio que estes 11 primeiros capítulos do livro de Génesis, cobrem qualquer tempo necessário para enquadrar dentro de uma teoria. Bem, podemos afirmar com segurança que do capítulo 1 ao capítulo 11 do livro de Génesis, temos no mínimo dois mil anos. Assim podemos dizer que nesta primeira parte do Génesis, isto é, do cap.1 ao cap.11, temos um período de tempo igual ao que vai do capítulo 12 de Génesis, até ao último capítulo da Bíblia. Do capítulo 12 do Génesis até ao resto da Bíblia, temos um período de tempo de dois mil anos. Posso dizer, e creio nisso, que estes primeiros 11 capítulos do livro de Génesis cobrem um período de milhares de anos, mais longo do que a segunda parte. Isto deve sugerir-lhe alguma coisa. Moisés é o autor dos cincos primeiros livros da Bíblia. Creio que há muitas evidências para fazermos essa afirmação. Estes primeiros 11 capítulos cobrem um periódo de tempo muito maior do que o resto dos outros livros todos juntos. Eu pergunto-lhe, caro amigo, onde pensa que Moisés pôs mais ênfase nos seus escritos? Na primeira ou na segunda parte? Nos primeiros 11 capítulos ou nos seguintes? Parece-me a mim, pelo menos pelo volume de texto, que Moisés queria dar ênfase á segunda parte. Onde você acha que Deus quis pôr mais ênfase? Nestes primeiros 11 capítulos de Génesis ou no resto da Bíblia? A ênfase foi dada ao relacionamento entre Deus e o homem. O livro do Génesis não foi escrito para ser um compêndio de ciências ou de história. O livro dos génesis foi escrito para termos uma referência das nossas origem, para sabermos como o nosso relacionamento com Deus deveria ser, e para vermos como ele se foi degradando.


Podemos dizer que Deus estava mais interessado em Abraão do que em todo o universo criado. E podemos também dizer que Deus está mais interessado em si e dá-lhe muito mais valor, do que ao universo inteiro. No Evangelho de João capitulo 3:16 Jesus Diz: “Deus amou tanto o mundo que deu o seu único filho para que todo aquele que nele crê não se perca espiritualmente, mas tenha a vida eterna.” Esta é a razão de ser da Bíblia: para relatar o desejo do coração de Deus, em se relacionar consigo e comigo.


Podemos dizer que os primeiros 11 capítulos da Bíblia são apenas a introdução da Bíblia e é assim que os devemos ver. Eu sou da opinião que, se Moisés estivesse vivo hoje e ouvisse tudo o que se diz a respeito da criação e a respeito dos escritos que ele nos deixou, ou seja, o que os teólogos e os cientistas dizem, ficaria realmente estarrecido. Talvez disse-se: "Bem, têm cometido um grande equívoco. Eu não procurei escrever um livro científico acerca da criação, nem tão pouco escrevi só para a geração do século XXI. O que eu procurei fazer, foi registrar os aspectos mais relevantes das origens do universo. O mais importante que eu quis registrar, foi o que Deus fez e está a fazer a favor do homem, e quis fazê-lo de uma forma compreensiva aos homens de todas as gerações”. Moisés diria ainda “a história que eu escrevi foi a história da relação entre Deus e o homem. Ee pensam que escrevi um livro científico sobre a criação, estam completamente enganados. Não era essa a ideia. Eu escrevi um livro espiritual sob a relação entre Deus e o homem.” Em suma, esta era a principal preocupação ao ser escrito o livro do Génesis, e em particular os primeiros 11 capítulos.


Tudo isso não quer dizer que vamos passar por cima destes 11 capítulos. De maneira nenhuma; Vamos antes estudá-lo com mais rigor. Quando lá estivermos, gastaremos o tempo suficiente para ver tudo que está escrito sobre a criação. De uma coisa podem estar certos: não pretendemos criar de novo uma dicotomia entre a ciência e a religião; Essa guerra já os nossos Pais tentaram travar no passado e sem sucesso. Creio que todos nós estamos convictos de que as perguntas sobre este assunto são muito mais do que as respostas que temos. O Génesis é a semente da Bíblia, porque nele temos o nascimento e o início de tudo. Temos a origem do universo, a origem da terra, a origem da vida vegetal e animal, e a origem do Homem. Temos a origem das gerações de Adão, de Noé, de Abraão, de Isaque, de Ismael, de Esau, e de Jacó. É um livro impressionante, como pode começar a constatar, e por isto devemos examiná-lo com cuidado.


Depois de apresentadas as informações preliminares, passamos ao estudo do livro, propriamente dito, começando com o primeiro capítulo do livro de Génesis. É o capítulo sobre a história da criação do universo. Este livro e estes capítulos da Bíblia tem feito correr mais tinta que qualquer outro assunto nela contido.


Hoje, para o nosso estudo, vamos usar a Tradução João Ferreira de Almeida revista e actualizada, já que esta tradução é um pouco mais apropriada, pois foi feita a pensar mais nas palavras do que nas ideias que as palavras contêm. Em Génesis cap. 1, ver. 1, lemos: "No princípio criou Deus o céu e a terra." Temos aqui, prezado amigo, uma declaração de suprema importância. Temos aqui referência a criação de todas as coisas, com excepção do homem e dos animais, que vieram depois.


Admitamos que esta história seja realmente correcta, que este versículo seja a síntese da criação, e que Deus nos dá uma edição abreviada do assunto. A nossa questão é: O que Deus tinha em mente quando nos deu esta secção da sua palavra? Qual era o seu propósito? Qual era o propósito do autor?


Bem, sobre este primeiro versículo, iremos analisar pelo menos duas das possibilidades de interpretação, que creio serem as mais conhecidas.


Além das interpretações Bíblicas, temos muitas teorias controvérsas por trás das teorias; Umas mais bem elaboradas que outras, chegam a pôr em causa leis básicas da natureza, bem conhecidas e aceites nos nossos dias. É o caso da lei da Entropia, que mostra claramente que a matéria tende sempre para a degradação e nunca para uma evolução. Porque o homem procura entender o seu passado e as suas origens, muitos debates tem havido sobre estes pontos de vista. Sempre que entramos no mundo das hipóteses, o resultado é uma Babel de vozes, que chegam inclusive a abafar a própria lógica humana, já para não falar da própria voz de Deus. Muitas vezes aceita-se a teoria como verdade, e confundem-se teorias ou hipóteses, com fatos e com verdades. Existem grupos extremistas que têm obscurecido o assunto da criação e têm prejudicado a compreensão sobre esta importante verdade, usando para isso pontos de vista radicais e afirmações dogmáticas. Tenho falado com cientistas, biólogos e historiadores que reconhecem que muitas afirmações feitas, supostamente em nome da ciência, muito pouco têm de fundamento científico. Penso que o maior erro que se tem cometido é querer conciliar os ensinos de Deus com as descobertas cientificas. A Bíblia não é um livro de ciências, ainda que ela não a contradiga.


Uma vez li um carton sobre este assunto, num jornal de grande tiragem nacional, numa altura em que alguns cientistas tinham feito mais uma grande descoberta sobre a origem do universo; Um dos boneco dizia para o outro: “Já sabes que os cientistas descobriram que foi uma grande explosão que deu origem ao universo?!” “Ai sim?..” respondeu o outro.


“E então, o que é existia antes dessa grande expulsão?” – “Há, isso ainda não sabem.” – “Então, nesse caso, que venha a religião do costume.”


Eu ainda sou jovem e desde que me conheço que as teorias sobre esta matéria se têm desenvolvido umas atrás das outras; Hoje, umas deixaram de ser teorias e passaram a ser verdade. Algum tempo depois, é feita outra descoberta, que diz exactamente o contrário. Enfim, continuo a ver que o que Deus disse ainda é o mais fiável. Enquanto não se conseguir provar que é falso o que é afirmado na Bíblia, francamente dá-me mais segurança acreditar na bíblia do que naquilo que muitos cientistas e pseudo cientistas têm dito.


Mais uma vez, a Bíblia não se opõe à ciência, mas também não deixa de fazer as afirmações que tem de fazer, só porque a ciência não as sabe explicar.


Muitos erros se tem cometido porque se desconhece as respostas! É triste ver que a Bíblia sempre afirmou que o nosso planeta era redondo e durante muito tempo ninguém lhe deu crédito; entretanto alguns estudiosos chegaram a mesma conclusão, e pagaram com a vida essa descobderta. Diz o povo e com razão: “a ignorância é a mãe do atrevimento”. Para mim é pena que se ensine só a teoria da evolução nas escolas públicas no nosso país, que já é claramente reconhecida por muitos como ultrapassada; E mais, que se ensine com se ela fosse uma lei e que não se ensine a “teoria” muito mais aceite da Criação. Deixo aqui um apelo a quem faz os programas escolares, para que pensem seriamente no assunto, dediquem algum tempo a ouvir alguns cientistas importantes sobre essa matéria e que não entrem pelo caminho mais fácil que é o de fazer o mesmo que sempre se fez, sem ao menos se questionar.


Como já disse anteriormente, tenho conversado com alguns amigos cientistas , geólogos e Biólogos, entre outros, que estão profundamente desapontados com o que se passa no nosso ensino no que respeita a esta matéria.


No entanto, é triste continuar a ouvir algumas vozes afirmarem a evolução como sendo um facto, o que não é! Até agora, que eu saiba, a evolução é considerada uma teoria. E teoria, tal como o nome indica, não é um fato. Uma Teoria é algo que não se provou categoricamente como verdade.


Nós reconhecemos que a criação, relatada no livro de Génesis tem, em primeiro lugar, de ser aceitar pela fé. No entanto, vários são os estudiosos que começam a levantar alguns dados científicos que dão firmeza à nossa fé.


É interessante ver que Deus falou de forma tão sucinta sobre a criação. Não creio que a intenção de Deus fosse explicar cientificamente a criação; Se Ele o fizesse, maior parte de nós sequer entenderia o que Deus estava a falar. É isto que diz escritor da epístola aos Hebreus capitulo 11, vers. 3: " É a fé, que nos dá a entender que o mundo inteiro foi criado pela Palavra de Deus, quer dizer que o que existe foi criado a partir do que se não vê."


A grande questão é que nós humanos, com uma mente limitada e finita, não podemos entender como é que as coisas visíveis vieram do nada. É um problema que persiste na nossa mente e que não podemos encaixar; Desta forma, o único meio que temos de aceitar a realidade sobre a criação do universo, é por meio da fé. Qualquer outra coisa, será aceitar especulação, e especulação não é ciência!


Um biólogo disse: "A probabilidade da vida se ter originado por um acidente é comparável a probabilidade de um dicionário ser originado por uma explosão numa gráfica." Assim sendo, é muito mais lógico aceitar pela fé, o facto que Deus nos relata na sua palavra, do que pensar que afinal Deus não existe e que tudo surgiu por mero acaso.


Nós iremos desenvolver melhor esta ideia no próximo blog e também continuaremos a falar sobre a criação.





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