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domingo, 5 de agosto de 2012

O CRENTE E A PACIÊNCIA


                                                     O CRENTE E A PACIÊNCIA

“Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor” (Sl 40:1)
“Corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo” (Cl 1:11)

O SIGNIFICADO DA PACIÊNCIA

A paciência não é uma atitude negativa, antes pelo contrário é bem positiva.
Significa perseverança que é o contrário de desistência.
Quer dizer, também, constância que é o contrário de cedência
E ainda podemos designá-la como longanimidade que implica poder de encaixe ou capacidade para suportar e não se irritar, não se assanhar, não se arrufar, não se azedar.
É, concretamente, a capacidade de permanecer firme. Sabendo que a dificuldade vai passar porque Deus dará o livramento. Sabendo que aquilo que se espera será alcançado porque Deus é fiel.


                                 A NECESSIDADE DA PACIÊNCIA

Para suportar as tribulações

“Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos” (IICo 1:6).
Não podemos evitar o sermos atribulados, por isso precisamos de suportar com paciência.
Temos o exemplo de Jó:
“Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão” (Tg 5:11).
Temos o exemplo dos profetas: “Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor” (Tg 5:10).
A Bíblia nos exorta a sermos pacientes nas tribulações: “alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Rm 12:12).
É agradável a Deus quando sofremos com paciência por fazer o bem. “Pois, que glória é essa, se, quando cometeis pecado e sois por isso esbofeteados, sofreis com paciência? Mas se, quando fazeis o bem e sois afligidos, o sofreis com paciência, isso é agradável a Deus.” (IPe 2:20).
A própria tribulação em si produz a paciência: “E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança” (Rm 5:3); “sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança” (Tg 1:3)

Para corrermos a carreira que nos está proposta

“Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta” (Hb 12:1).
A vida cristã é uma carreira ou uma corrida com obstáculos de vária ordem, de dificuldades acrescidas que demanda de nós grande perseverança que é a paciência activa. Ninguém poderá chegar ao fim da carreira sem cultivar esta paciência: “Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” (Hb 10:36).
A nossa salvação futura depende da paciência para chegarmos ao fim: “Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13)

Para herdar as promessas de Deus

“para que não vos torneis indolentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas” (Hb 6:12).
Temos o exemplo de Abraão que esperou com paciência até alcançar a promessa: “E assim, tendo Abraão esperado com paciência, alcançou a promessa” (Hb 6:15).
Por vezes, perdemos a paciência de esperar as promessas de Deus e por isso não as recebemos.

Para nos relacionarmos uns com os outros

“com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef 4:2).
A nossa comunhão ou relacionamento uns com os outros requer de cada um de nós paciência.
Paciência para perdoarmos quando somos ofendidos ou prejudicados:
“Revestí-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3:12-13).
Paciência para suportar os mais fracos: “Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo, visando o que é bom para edificação” (Rom 15:1-2).
Se não houver paciência, com facilidade quebramos os relacionamentos e rompemos a comunhão com os irmãos. “O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta” (Prv 15:18).
Lembremo-nos da paciência que Deus tem para cada um de nós: “Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade”(Sl 86:15); “E que direis, se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição” (Rm 9:22).

Para esperar a vinda do Senhor

“Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas” (Tg 5:7).
Tomando como exemplo o lavrador que espera com paciência entre a sementeira e a colheita:Sede vós também pacientes; fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5:8).
Assim como o lavrador tem que ter paciência para ver germinar e colher o que semeou, também nós, como crentes e como Igreja, temos que aguardar com paciência as últimas chuvas.
Para esperarmos a nossa glorificação

“Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos” (Rm 8:25).
Existe um espaço de tempo entre a nossa salvação presente e a nossa salvação futura ou completa: “Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoração, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque na esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?” (Rm 8:22-24).
Neste período, o crente tem que passar por aflições, sofrimento e dores (gemidos), como o resto da criação: “Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8:18-21).
Precisamos de paciência para aguardarmos “a libertação do cativeiro”. “Pela vossa perseverança ganhareis as vossas almas” (Lc 21:19).

Para liderarmos convenientemente

“e ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente” (IITm 2:24)
Seja o grau de liderança ou responsabilidade que tenhamos na Obra de Deus, maior ou menor, temos que ter paciência para cumprir a nossa tarefa
A falta de paciência pode levar-nos a comprometer a nossa liderança:
“Quem facilmente se ira fará doidices; mas o homem discreto é paciente” (Prv 14:17); “Melhor é o fim duma coisa do que o princípio; melhor é o paciente do que o arrogante” (Ecl 7:8)


Pr Luis Reis

 

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