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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A esperança consegue ver o céu através das mais densas nuvens”.

A esperança consegue ver o céu através das mais densas nuvens”.





                          Como administrar as perdas


No espaço de 101 dias, sempre em um domingo de manhã, meus pais passaram para a eternidade. Foi há um ano e meio, primeiro o Pai e logo a seguir, a Mãe. Um bom amigo, advogado brilhante e professor catedrático, em sua mensagem de condolências, observou com muito pesar: “Na vida, é sempre difícil administrar perdas”.


Todos, de alguma forma, experimentamos perdas. Há perdas de todo tipo -- emprego, aplicações financeiras, amigos especiais e entes queridos, negócios, e mesmo coisas de somenos importância como a chave de casa ou do carro, carteiras, voos, documentos e compromisso importantes. Quem ainda não penou com a perda da agenda favorita, com anos de informações especiais armazenadas? Por cinco vezes já sofri essa experiência.


Queria sugerir algumas formas de gerir as perdas:


Não se deixe vencer pelo espírito de derrota.


“Estou acabado!” – foi a trágica declaração de um amigo, diante da dura experiência de falência. Perdera tudo e por isso, apenas conseguia enxergar o fim. O pior tipo de pessimista é o que perdeu a crença em si mesmo. Jesus Cristo motiva-nos com um ensino carregado de esperança: “Aqui na terra vocês terão muitos sofrimentos e tristezas; mas tenham ânimo, porque Eu venci o mundo”
(João16:33 – BíbliaViva).


Creia que nunca é tarde para começar tudo de novo.


Ouvi a história de Whit Criswell, querido amigo e articulista talentoso das Reflexões da Semana, numa conferência em Atlanta, quando ele usou algemas para contar sobre a sua experiência. Depois de ter alcançado o topo da sua carreira como banqueiro, ele experimentou as agruras da derrocada, ao ser preso por crime de “colarinho branco”. Na prisão descobriu o verdadeiro segredo do êxito. Apesar da grande derrota, encontrou esperança que o capacitou a reerguer-se e tentar de novo. Uma das frases favoritas de Whit é: “Nunca é tarde para se começar outra vez!”.


Crie espaço e oportunidade para receber ajuda.


Tempos de perda costumam converter-se, naturalmente, em períodos de isolamento e reclusão. Sem dúvida, como seres humanos, precisamos de tempo para recolhimento, para chorar, para extravasar a nossa dor. Não há nada de errado nisso. Todavia, esconder-se e ficar só com a nossa perda, apenas a potencializa. O médico Lucas, que por ofício entendia de dor, descreve uma cena especial de dois amigos, debaixo de um Sol causticante, numa estrada poeirenta, desanimados e deprimidos sob o impacto da perda do Amigo Especial, Jesus. Abatidos com sua própria dor, foram incapazes de identificar Quem caminhava ao lado deles. Somente quando o Amigo os sondou é que conseguiram tomar consciência do que estava a acontecer-lhes:“Como custa a entender e como demoram a crer...” (Lucas 24.25). Um mero conhecido, que teve espaço e oportunidade para chorar comigo a perda do meu pai, tornou-se hoje um de meus melhores e mais íntimos amigos.


Não deixe a esperança morrer.
A pior perda, diante da perda, é perder esperança. A proverbial frase, "Esperança é a última coisa a morrer”, deveria ser substituída por, “Esperança NUNCA morre”. Esperança dá-nos força para recomeçar. Vaclav Havel, conhecido líder de direitos humanos e presidente da República Checa, propôs um magistral conceito sobre esperança: “Esperança não é crer que algo vai dar certo, mas a certeza de que algo vale a pena, não obstante como termine”.


Sempre precisaremos aprender a administrar as perdas. Mas há uma perda que se sobrepõe a todas as demais – a perda de si mesmo. Jesus faz uma recomendação especial sobre essa grande perda: “Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou a causar dano a si mesmo?”
Lucas 9:24-25







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